Hoje vamos falar um pouco sobre as comunidades quilombolas! Tenho certeza que quando ouvimos dizer sobre esse assunto, a primeira coisa que nos vem á cabeça é o nome Zumbi, e ai vem toda aquela estória, sobre ele ser o quilombo mais importante ...entre outras. Mas antes disso precisamos saber de algumas coisinhas. Quem são os quilombos? Por que são chamados assim? Eles ainda existem? Como eram tratados e como são tratados atualmente? De onde vieram? Por quê?... Essas e mais dúvidas serão tiradas nos próximos parágrafos, vamos embarcar no mundo dos Quilombolas!
Bom, para começar, voltaremos um pouco nos séculos XVI e XVIII. Nesse momento muitos de vocês devem ter se perguntado " é nesse período que acontecia os engenhos de cana-de-açúcar?". Sim, foi exatamente nesse período que a coroa portuguesa optou por plantar a cana-de-açúcar no Brasil, e esse processo foi um sucesso, gerando assim o enriquecimento do senhor de engenho. No começo, os portugueses usavam mão de obra indígena, mas havia um problema - eles não se adaptavam ás ordens do senhor de engenho - então a produtividade era baixa. Logo, para que essa produtividade aumentasse, a solução encontrada foi trazer os negros da África e escravizá-los.
Sendo assim, as pessoas eram obrigadas a virem da África para o Brasil, a bordo dos navios negreiros, em péssimas condições de higiene e muitos morriam antes de chegar. Quem tentasse fugir poderia ser castigado com chibatadas, torturas até a morte e muitos faleciam até mesmo de tristeza por causa dos maus-tratos que sofriam. Os negros não eram torturados apenas na viagem de vinda, uma vez que, as torturas continuavam depois da chegada no Brasil, onde eram escravizados. Além do mais, havia também, a figura do capitão do mato, que tinha como função perseguir os negros que fugiam do engenho, e quando eram encontrados, os torturavam, muitas vezes até a morte.
Muitos escravos que conseguiram fugir, fundaram algumas comunidades, onde viviam no temor de serem pegos, mas, acima de tudo, ali se sentiam livres, pois nesse local podiam viver à sua maneira sem que ninguém os abrigasse a nada, ficando imunes a maus tratos. Essas comunidades situavam-se em locais bem escondidos, geralmente no meio das matas, os conhecidos quilombos. Uma das comunidades que mais se destacou foi o Quilombo de Palmares, situado em Alagoas, cujo líder foi Zumbi, o qual se tornou muito conhecido posteriormente por intervir em vários conflitos, lutando a favor da liberdade de seu povo. Essas comunidades cresceram bem mais na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), onde muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos, que após fugirem, buscaram abrigo nas comunidades Quilombolas. Desse modo, nesse período, a comunidade que mais cresceu foi a de Quilombo de Palmares, uma vez que, abrigou um grande número de negros.
Nessas comunidades Quilombolas, as pessoas se sentiam livres, e viviam conforme sua cultura africana. No período colonial, o Brasil chegou a ter centenas de Quilombos espalhados pelo País e hoje, a maior concentração dessas comunidades, se encontra nos estados de Minas Gerais, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso e outros.
Os quilombolas, como eram conhecidas as pessoas que faziam parte do quilombo, costumavam pegar alimentos às escondidas nas plantações e nos engenhos das regiões próximas. Essa situação incomodava os habitantes dessas determinadas regiões, fazendo com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos Holandeses quanto pelos Pernambucanos. O Quilombo de Palmares foi derrotado nesse período, onde Zumbi foi morto.
As comunidades que se localizavam mais afastadas desses locais conflituosos permaneceram ativas até mesmo após a abolição da escravatura, em 1888, dando origem as que perduram até os dias atuais, apesar de toda influência que sofrem, conhecidas como quilombos remanescentes. Grande parte delas estão situadas nas regiões Norte e Nordeste, sendo atualmente cerca de 1500 comunidades espalhadas por todo o Brasil.
Atualmente, as comunidades remanescentes são reconhecidas pela constituição brasileira, porém muitas leis não são seguidas. Em entrevistas feitas com os habitantes dessas comunidades, nota-se o descontentamento da população em relação ao governo. As pessoas que habitam essas comunidades ainda seguem tradições antigas e vivem a base da agricultura, não usam meio algum de tecnologia, ademais, tem suas crenças e culturas, mas se sentem ameaçados.
Quando houve a abolição da escravatura, as terras ocupadas por comunidades Quilombolas foram entregues às comunidades, como de direito, mas nos dias de hoje, esses territórios estão sendo tirados dessa população, obrigando-os a viver em outros locais, os quais não são muito favoráveis para que os quilombos pratiquem sua cultura, principalmente as técnicas de cultivo. Em meio à essa situação, na qual o governo obriga-os a deixarem seu território, existem promessas de melhoria na educação, na saúde, e também prometem o documento que deve ser dado a eles como direito para garantir que o território que ocupam são deles, mas essas promessas nunca são cumpridas.
No que tange à questão das comunidades Quilombolas atuais, as pessoas estão insatisfeitas com o tratamento de saúde que lhes é oferecido, assim como a educação, entre outras questões. De acordo com eles, as escolas existentes dentro dessas comunidades só garantem o ensino fundamental, então, quem deseja cursar o ensino médio tem que sair da comunidade e ir morar em meio a outra população. Isso acaba preocupando os quilombos mais velhos, pois acreditam que isso poderá extinguir sua cultura, deixando de existir um dia as Comunidade Quilombolas.
Vale ressaltar ainda que, tanto as comunidades quilombolas atuais quanto as primitivas estavam e estão empenhadas na busca pelo direito, o direito de ser igual à todos, de ser tratado como todo mundo é, sem exclusão. Eles buscam preservar sua cultura, sua união ali no meio, e procuram sempre ajudar os outros, e também ao meio ambiente. Além do mais, são artistas, fazem artesanatos que o mundo inteiro procura. Mas tudo isso é tradição, que veio passando de pai para filho, e eles só procuram o melhor, para que essa linda cultura não tenha fim.
E ai querido leitor? Gostou de saber um pouco mais sobre essas comunidades? As dúvidas foram solucionadas? Bom, esperamos ter ajudado. Se deseja saber mais sobre o conteúdo, basta um simples clique nessas palavrinhas coloridas, pois elas podem te levar a locais surpreendentes. Embarque nessa viagem e esclareça ainda mais suas dúvidas! Tchauzinho, até a próxima!
Ah e lembrando que qualquer dúvida pode ser deixada nos comentários ♥
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Referências:
Disponível em: < http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_brasil.html >
< http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_oque.html >
< http://www.cpisp.org.br/comunidades/ >
< http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/povosecomunidadestradicionais/quilombolas >
< http://www.palmares.gov.br/?tag=comunidades-quilombolas >
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Sendo assim, as pessoas eram obrigadas a virem da África para o Brasil, a bordo dos navios negreiros, em péssimas condições de higiene e muitos morriam antes de chegar. Quem tentasse fugir poderia ser castigado com chibatadas, torturas até a morte e muitos faleciam até mesmo de tristeza por causa dos maus-tratos que sofriam. Os negros não eram torturados apenas na viagem de vinda, uma vez que, as torturas continuavam depois da chegada no Brasil, onde eram escravizados. Além do mais, havia também, a figura do capitão do mato, que tinha como função perseguir os negros que fugiam do engenho, e quando eram encontrados, os torturavam, muitas vezes até a morte.
Muitos escravos que conseguiram fugir, fundaram algumas comunidades, onde viviam no temor de serem pegos, mas, acima de tudo, ali se sentiam livres, pois nesse local podiam viver à sua maneira sem que ninguém os abrigasse a nada, ficando imunes a maus tratos. Essas comunidades situavam-se em locais bem escondidos, geralmente no meio das matas, os conhecidos quilombos. Uma das comunidades que mais se destacou foi o Quilombo de Palmares, situado em Alagoas, cujo líder foi Zumbi, o qual se tornou muito conhecido posteriormente por intervir em vários conflitos, lutando a favor da liberdade de seu povo. Essas comunidades cresceram bem mais na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), onde muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos, que após fugirem, buscaram abrigo nas comunidades Quilombolas. Desse modo, nesse período, a comunidade que mais cresceu foi a de Quilombo de Palmares, uma vez que, abrigou um grande número de negros.
Nessas comunidades Quilombolas, as pessoas se sentiam livres, e viviam conforme sua cultura africana. No período colonial, o Brasil chegou a ter centenas de Quilombos espalhados pelo País e hoje, a maior concentração dessas comunidades, se encontra nos estados de Minas Gerais, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso e outros.
Os quilombolas, como eram conhecidas as pessoas que faziam parte do quilombo, costumavam pegar alimentos às escondidas nas plantações e nos engenhos das regiões próximas. Essa situação incomodava os habitantes dessas determinadas regiões, fazendo com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos Holandeses quanto pelos Pernambucanos. O Quilombo de Palmares foi derrotado nesse período, onde Zumbi foi morto.
As comunidades que se localizavam mais afastadas desses locais conflituosos permaneceram ativas até mesmo após a abolição da escravatura, em 1888, dando origem as que perduram até os dias atuais, apesar de toda influência que sofrem, conhecidas como quilombos remanescentes. Grande parte delas estão situadas nas regiões Norte e Nordeste, sendo atualmente cerca de 1500 comunidades espalhadas por todo o Brasil.
Atualmente, as comunidades remanescentes são reconhecidas pela constituição brasileira, porém muitas leis não são seguidas. Em entrevistas feitas com os habitantes dessas comunidades, nota-se o descontentamento da população em relação ao governo. As pessoas que habitam essas comunidades ainda seguem tradições antigas e vivem a base da agricultura, não usam meio algum de tecnologia, ademais, tem suas crenças e culturas, mas se sentem ameaçados.
Quando houve a abolição da escravatura, as terras ocupadas por comunidades Quilombolas foram entregues às comunidades, como de direito, mas nos dias de hoje, esses territórios estão sendo tirados dessa população, obrigando-os a viver em outros locais, os quais não são muito favoráveis para que os quilombos pratiquem sua cultura, principalmente as técnicas de cultivo. Em meio à essa situação, na qual o governo obriga-os a deixarem seu território, existem promessas de melhoria na educação, na saúde, e também prometem o documento que deve ser dado a eles como direito para garantir que o território que ocupam são deles, mas essas promessas nunca são cumpridas.
No que tange à questão das comunidades Quilombolas atuais, as pessoas estão insatisfeitas com o tratamento de saúde que lhes é oferecido, assim como a educação, entre outras questões. De acordo com eles, as escolas existentes dentro dessas comunidades só garantem o ensino fundamental, então, quem deseja cursar o ensino médio tem que sair da comunidade e ir morar em meio a outra população. Isso acaba preocupando os quilombos mais velhos, pois acreditam que isso poderá extinguir sua cultura, deixando de existir um dia as Comunidade Quilombolas.
Vale ressaltar ainda que, tanto as comunidades quilombolas atuais quanto as primitivas estavam e estão empenhadas na busca pelo direito, o direito de ser igual à todos, de ser tratado como todo mundo é, sem exclusão. Eles buscam preservar sua cultura, sua união ali no meio, e procuram sempre ajudar os outros, e também ao meio ambiente. Além do mais, são artistas, fazem artesanatos que o mundo inteiro procura. Mas tudo isso é tradição, que veio passando de pai para filho, e eles só procuram o melhor, para que essa linda cultura não tenha fim.
E ai querido leitor? Gostou de saber um pouco mais sobre essas comunidades? As dúvidas foram solucionadas? Bom, esperamos ter ajudado. Se deseja saber mais sobre o conteúdo, basta um simples clique nessas palavrinhas coloridas, pois elas podem te levar a locais surpreendentes. Embarque nessa viagem e esclareça ainda mais suas dúvidas! Tchauzinho, até a próxima!
Ah e lembrando que qualquer dúvida pode ser deixada nos comentários ♥
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Referências:
Disponível em: < http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_brasil.html >
< http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_oque.html >
< http://www.cpisp.org.br/comunidades/ >
< http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/povosecomunidadestradicionais/quilombolas >
< http://www.palmares.gov.br/?tag=comunidades-quilombolas >
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